O divã é uma representação simbólica do trabalho analítico, que opera pelo dizer e pela escuta do analista. O design de um divã tradicional mas acoplado com a tecnologia contemporânea – celular, tablet, impressora, laptop e instrumentos da neurociência – saiu das mãos do artista plástico Thiago Pereira Mendes, ao perguntar à comissão da jornada qual seria a marca da psicanálise.
Temos, então, o divã futurista, mas sem esquecer a LETRA A e os NÓS BORROMEANOS enlaçando o Imaginário, o Simbólico e o Real.
Trabalhamos com a palavra – “o inconsciente é estruturado como linguagem” – buscando o sujeito nas hiâncias da cadeia significante.
Para fazer frente ao mal-estar atual, nos tempos sombrios do discurso capitalista, que procura abolir o sujeito ceifando seu desejo e uniformizando suas demandas, encontramos o discurso do analista, que subverte o mais de gozar, transformando-o em causa de desejo.
Ela provoca a queda das identificações, lida com o sintoma que traz a verdade do sujeito, trabalha as fantasias e acolhe a angústia que move o aparelho psíquico em direção ao desejo, tendo como mola propulsora a transferência.
Trabalhando o mito individual de cada sujeito, caminha do Imaginário ao Simbólico e nos faz capazes de bordejar o real do mal-estar. “Isso significa passar a clínica a limpo” e reinventar nossa práxis.